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Saab Global

Ampliando as fronteiras do conhecimento

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Cooperação entre CISB, CNPq e Saab completa cinco anos, contribuindo para uma sólida relação entre Brasil e Suécia.

Desde 2012, a Saab, o Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) são parceiros no programa de intercâmbio de pesquisadores entre Brasil e Suécia, no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras.

Em cinco anos, mais de 300 projetos foram aplicados e, no total, 13 doutorados sanduíche e 21 pós-doutorados foram realizados, além de inúmeros projetos de continuidade e desdobramentos.

Até então pouco conhecida no Brasil em programas de intercâmbio, a Suécia conquistou rapidamente os pesquisadores que, conforme voltavam, relatavam o sucesso das experiências no país escandinavo.

A seriedade com que as pesquisas são desenvolvidas, a cultura de otimizar o tempo para desenvolver trabalhos mais assertivos e a altíssima qualidade do conhecimento acadêmico são alguns dos pontos ressaltados pelos pesquisadores. O modelo sueco de hélice tripla, em que a cooperação entre academia, indústria e governo se consolida em uma importante plataforma para o fomento da inovação, também é destacado pelos brasileiros que participaram do programa.

A professora Emília Villani, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), participou da primeira chamada de projetos e, atualmente, está envolvida em diversas ações desenvolvidas entre universidades suecas. A partir de 2013, quando o governo brasileiro anunciou a compra dos caças Gripen, desenvolvidos pela Saab, o ITA estreitou as relações com a Suécia e o volume de projetos também cresceu. "A partir do anúncio da compra dos caças, o volume de intercâmbio aumentou", aponta a professora Emília.

Segundo a professora, a integração com outros grupos de pesquisa permite conhecer melhor a realidade fora do Brasil e dá oportunidade de autoavaliação aos envolvidos, como, por exemplo, o que precisam melhorar e quais os pontos fortes do trabalho. "A internacionalização é essencial para manter a qualidade na pesquisa", explica.

Para o professor Victor Juliano De Negri, titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na área de Engenharia Mecânica, um dos resultados mais palpáveis dos intercâmbios é a montagem de um demonstrador de modelos matemáticos na área de aeronáutica, que comprova as teses propostas pelos pesquisadores.

De Nigri aponta que o contato com instituições estrangeiras proporciona aos alunos a oportunidade de terem teses e dissertações em campos de atuação como a aeronáutica, com a perspectiva de desenvolvimento tecnológico a ser implementado em aviões.

Outro resultado da cooperação é o de Renato Machado, professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul. Ele trabalhou ao lado de Mats Pettersson, criador do sistema de radares da Saab, possibilitando o aumento significativo da acuracidade do monitoramento com esse tipo de equipamento. "Propusemos uma solução na área de detecção de alvos para imagens SAR, que permite uma taxa de detecção bastante elevada (próximo a 100%) e uma taxa de falso alarme bastante reduzida, em torno de 20%. Os resultados foram publicados em dois periódicos", conta.

Além do sucesso com as pesquisas, alguns alunos estão indo para a Suécia trabalhar com o especialista enquanto o próprio
Pettersson vem frequentemente ao Brasil ministrar palestras em congressos da área, criando um vínculo de valor inestimável para a pesquisa nacional.

Alessandra Holmo, managing director do CISB, não esconde a satisfação com o que foi alcançado nesse período. "O CISB se consolidou como um grande facilitador e catalizador nos projetos entre academia e indústria. Essa continuidade que os professores estão dando ao trabalho inicial é fundamental, pois poderá ser um grande indutor para a inovação industrial e na relação Brasil-Suécia", finaliza.