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Saab Global

As Grandes Mudanças Para o Brasil e os Pilotos do Gripen

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Alguns comentam com brilho nos olhos, mas o que todos os pilotos têm em comum é a certeza da realização de um sonho ao se tornarem os primeiros brasileiros a pilotar o Gripen. É difícil mensurar o tamanho das mudanças que estão acontecendo com eles e com a tecnologia do País em relação à defesa e segurança aéreas.

Entre eles, o mais comum é ouvir histórias de que, quando crianças, pediam para que seus pais os levassem ao aeroporto para que pudessem ver aviões pousando e decolando. Hoje são eles quem pilotam os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) e são responsáveis por cuidar dos céus do país. Esses mesmos pilotos são os responsáveis por compartilhar todo o conhecimento sobre a operação do Gripen com os colegas que ficaram no Brasil enquanto eles eram treinados na Suécia entre 2014 e 2016.

A operacionalização do Gripen no Brasil é aguardada por todos. "Toda a FAB está esperando com bastante ansiedade o momento em que o primeiro Gripen vai tocar o solo brasileiro e o primeiro avião vai ser montado no Brasil", comenta o brigadeiro do ar Márcio Bruno Bonotto, presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac). O tenente-coronel Renato Leal Leite, presidente do Grupo Fox – nome da equipe de seis pilotos de caça dedicada à gerência operacional do projeto – também menciona o desejo dos pilotos. "Há uma ansiedade e uma intensidade de vibração como há muito não se via. Hoje temos um grupo dedicado a estudar essa aeronave, que nos faz muitos questionamentos. Os pilotos sabem que terão a oportunidade de operar um equipamento moderno que vai cumprir muito bem a sua missão", explica o tenente-coronel Leal Leite. "A FAB está se reestruturando e capacitando o esquadrão para operar o Gripen", finaliza.

Quem voou não esquece mais. "Voar o Gripen foi desafiador, gratificante e um coroamento operacional", afirma o major Gustavo Pascotto, piloto que esteve na Suécia para passar pelo treinamento na Saab e na Força Aérea Sueca para operar o caça Gripen, que está sendo desenvolvido em parceria com o Brasil.

Outro piloto que ainda está com o brilho nos olhos é o major Ramon Fórneas, que descreveu ser "fantástico pilotar o Gripen", por se tratar de um caça inteligente, que "pensa" pelo piloto. "Foi um misto de satisfação pessoal e profissional. É uma responsabilidade muito grande também porque representamos o Brasil e a Força Aérea Brasileira em terra estrangeira", comenta com orgulho o major Fórneas.

Os majores Fórneas e Pascotto foram os pilotos selecionados pela FAB para participarem dos treinamentos na Suécia e se responsabilizarem por transferir o conhecimento para os demais pilotos brasileiros. Eles puderam conhecer de perto toda a performance do Gripen e experimentaram em voos simulados e reais como a aeronave atua na interceptação de um alvo, em operações de comando e controle, como se dá a combinação e a fusão dos dados para a pilotagem e a tomada de decisão durante o voo. Para muitos pilotos, pilotar o Gripen é o que mais desejam. O caça é considerado altamente eficaz. Além disso, trata-se de uma plataforma de baixo custo de operação se comparada com outros modelos.

Os pilotos já alteraram alguns exercícios e táticas de atuação, deixando cada vez mais clara a verdadeira mudança que a chegada do Gripen vai provocar na carreira deles e na vida da FAB. "Isso tudo é muito grande e muito bom porque é capaz de motivar os alunos e os cadetes que, no futuro, poderão pilotar o Gripen", finaliza o major Pascotto.