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Saab Global

Entrevista com a Åsa Juskär - gerente geral do novo escritório em Anápolis

4 min read

Saab inaugura escritório em Anápolis para apoio à operação do Gripen

Um novo escritório da Saab foi inaugurado em dezembro para acompanhar as atividades da Força Aérea Brasileira (FAB) e os funcionários da Saab que atuam na Base Aérea de Anápolis (BAAN). À Saab em Foco, Åsa Juskär, gerente geral do escritório, contou quais serão as atividades no local e a importância de estar próximo ao cliente. 

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1. Qual o objetivo de ter um escritório da Saab em Anápolis?

ÅJ: A Saab precisa estar presente em Anápolis para apoiar a entrega dos caças e o programa de suporte e manutenção do Gripen. De acordo com o contrato, durante quatro anos funcionários da Saab trabalharão dentro da BAAN, junto com técnicos da FAB para dar todo o suporte necessário à operação. É importante estarmos na cidade e próximos do cliente. A estrutura garante que tenhamos boas relações com a FAB, além de condições de trabalho bem estabelecidas e com conex ões seguras com a Suécia.

É importante estarmos na cidade e próximos do cliente. A estrutura garante que tenhamos boas relações com a FAB, além de condições de trabalho bem estabelecidas e com conexões seguras com a Suécia.
Åsa Juskär

2. Quem são esses profissionais que estarão baseados em Anápolis?

ÅJ: Será uma mistura de pessoas que vão morar aqui por 1, 2 anos ou mais. Ao todo, cerca de 10 funcionários suecos e brasileiros estarão em atividades administrativas, de logística, além de técnicos, pilotos e instrutores.

3. Que tipo de trabalho será realizado no escritório?

ÅJ: O local será um apoio administrativo, com a responsabilidade de adquirir e administrar o que for necessário para a manutenção e suporte das aeronaves no país. O espaço também conta com infraestrutura para apoiar os funcionários da Saab em seu trabalho diário e receber os visitantes suecos, que serão muitos nos próximos anos.

4. Quais foram os principais desafios antes que o escritório pudesse estar funcionando?

ÅJ: Começamos o projeto ainda durante a pandemia, então os desafios não foram poucos. Não pude visitar Anápolis até setembro de 2021. Todas as discussões iniciais com no Brasil e em Linköping foram feitas diretamente da cozinha de minha casa! Não foi nada fácil montar um time e criar relações fortes por teleconferência, mas todos nós passamos por isso durante a pandemia. O apoio das equipes de São Bernardo, São Paulo e Brasília, e do time de TI foram cruciais para a realização do projeto.

5. Como tem sido a sua experiência no Brasil e em Anápolis?

ÅJ: Anápolis é uma cidade simpática, segura e com pessoas muito amigáveis. Não posso reclamar. Fui muito bem recebida e já tive a oportunidade de fazer novos amigos. O escritório é pequeno então todos se ajudam. Temos uma cultura de trabalho saudável na Saab que prioriza não apenas o bom funcionamento do trabalho, mas também um ótimo relacionamento entre os colegas e o cliente. No meu tempo livre aproveito para passear pela cidade e para fazer algumas viagens curtas de fim de semana, como para Pirenópolis, para me reconectar com a natureza.

6. Como é a relação dos funcionários da Saab com a Força Aérea Brasileira em Anápolis?

ÅJ: Nós nos reencontramos com alguns técnicos da FAB que conhecemos na Suécia, quando foram realizados seus treinamentos em Linköping. A equipe local da FAB é muito simpática e nos recebeu bem aqui. Desde julho acompanhamos de perto as instalações dos equipamentos de suporte, como os simuladores de voo do Gripen.

7. Que tipo de serviços de reparo serão feitos na BAAN?

ÅJ: O cliente fará principalmente reparos de Nível 1 e Nível 2, e, em pequena escala, algumas manutenções de Nível 3. Eles construirão algumas oficinas para reparo dos equipamentos do piloto (como máscara, traje anti-G e capacete), rodas e pneus, baterias, armamentos e assentos ejetáveis. A grande maioria dos reparos será feita na BAAN, outras serão feitas no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA SP) e Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA LS).

8. O que você considera ser seu maior desafio, profissional e pessoal, nessa jornada?

ÅJ: Um desafio profissional com certeza é relacionado às complexas leis fiscais brasileiras para questões como compra, transporte, e importação de peças. Tenho muito a aprender em relação às regras de contabilidade, mas ainda bem que posso contar com a ajuda de colegas que são especialistas no assunto. Pessoalmente devo dizer que o Português é uma língua difícil e poucas pessoas falam inglês em Anápolis. Estou praticando, mas vou precisar me dedicar mais às aulas, pois conseguir se comunicar na língua local de maneira adequada vai facilitar muito a minha vida.