Uma colaboração real. Uma parceria de longo prazo.
A história do Gripen brasileiro começou em 2013, quando a Saab foi anunciada vencedora da concorrência do Programa F-X2, destinada à renovação da frota de aeronaves de caça da Força Aérea Brasileira (FAB). O processo, extenso e concluído após muitos estudos, elegeu o Gripen como o melhor caça para integrar a linha de frente de defesa do Brasil, ao mesmo tempo em que beneficiaria a indústria nacional com conhecimentos e tecnologia a longo prazo.
Em outubro de 2014, foi firmado o contrato com o governo brasileiro para o desenvolvimento e a produção de 36 aeronaves, sendo 28 Gripen E (monoposto) e 8 Gripen F (biposto). E a efetivação da parceria ocorreu em 2015, com a assinatura do contrato de financiamento das aeronaves.
O contrato inclui além das aeronaves, suporte logístico, sistemas de suporte e equipamentos relacionados, treinamento, armamentos e um acordo de cooperação industrial.
As entregas das aeronaves ao Brasil iniciaram em 2020, mas a parceria entre a Saab e o Brasil, além de ter uma vida longa, deixará frutos duradouros. Por meio de uma ampla transferência de tecnologia, a Saab treinou mais de 350 profissionais brasileiros, entre técnicos, engenheiros e pilotos, para que o Brasil esteja apto a desenvolver, produzir e manter caças supersônicos no país, ao longo de toda a vida útil, nos próximos 30 ou 40 anos.
O extenso programa de transferência de tecnologia teve como parceiras empresas como Embraer, Akaer, Atech, AEL Sistemas e as subsidiárias da Saab no país. E, assim, o Brasil tornou-se protagonista no desenvolvimento de um caça para atender às suas necessidades diante das ameaças atuais e futuras do cenário de combate do século 21.
Como parte do plano de transferência de tecnologia, a indústria brasileira tem uma importante atuação no desenvolvimento, ensaios em voo e produção das aeronaves.
A planta da Embraer em Gavião Peixoto, interior do estado de São Paulo, foi equipada com uma infraestrutura vital para o Programa Gripen, que inclui: o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (ou GDDN da sigla em inglês); o Centro de Ensaios em Voo do Gripen (ou GFTC da sigla em inglês) e a linha de produção da aeronave.
A Saab também fez investimentos em uma planta própria em São Bernardo do Campo, município da Região Metropolitana de São Paulo, onde conta com a fábrica de aeroestruturas do Gripen, inaugurada em 2018, responsável pela produção do cone de cauda, freios aerodinâmicos, fuselagem traseira e a fuselagem dianteira para o Gripen E. Além disso, a planta conta também com um laboratório especializado na manutenção do radar AESA e sensores de guerra eletrônica do Gripen.
Em 2020, o primeiro Gripen E brasileiro chegou ao país e desde então, vem executando ensaios em voo na Embraer, em Gavião Peixoto. As primeiras aeronaves operacionais desembarcaram no país em abril de 2022. Em novembro do mesmo ano, foram iniciadas as operações do Gripen no 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), na Base Aérea de Anápolis (GO).